12.11.12

# 104


“Não me perguntes como consegui dar essa desaparecida. Quando estava de pé queria ficar sentada, quando me sentava precisava de me levantar. É como dirigir à noite numa rua deserta e toda esburacada. Uma agonia doida. Um vazio. Uma vontade de sair da própria pele e telefonar, só para te ouvir a falar os teus monossílabos para dentro. Talvez resistisse mais, assinando uma tv com mais canais ou engordando a geladeira. Mas eu só deitava e esperava. Se resolver outra vez ficar longe de ti, pelo menos espero que me dês um bom motivo. Fazes isso por mim? Digo, se for para dar errado, podes-me fazer o favor de me magoar com tudo de uma vez?”
Beijo,
Sofia.

1 comment:

Catarina said...

Às vezes é bom dar uma segunda oportunidadde, mas quando se sabe que vai ser como da última vez, devemo-nos poupar do sofrimento